XXX Seminário Internacional Político-Estratégico do CAE/CPLP

O XXX Seminário Internacional Político-Estratégico (SIPE) do Centro de Análise Estratégica da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CAE/CPLP) realizou-se em 17 de Julho de 2025, em formato híbrido, subordinado ao tema: “𝑨 𝑰𝒏𝒇𝒍𝒖ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝑮𝒓𝒂𝒏𝒅𝒆𝒔 𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂𝒔 𝒆𝒎 Á𝒇𝒓𝒊𝒄𝒂 𝒆 𝑺𝒆𝒖𝒔 𝑰𝒎𝒑𝒂𝒄𝒕𝒐𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒂 𝑪𝑷𝑳𝑷: 𝑼𝒎𝒂 𝑽𝒊𝒔ã𝒐 𝑨𝒇𝒓𝒊𝒄𝒂𝒏𝒂”.

Contando com a participação de Altas Entidades de Defesa e Segurança, Diplomatas, Adidos de Defesa dos Estados-Membros da CPLP em Moçambique, Coordenadores dos Núcleos Nacionais do CAE/CPLP nos Estados-Membros, Académicos, Sociedade Civil, entre outros convidados, o seminário teve como objetivos:

(i) Compreender a visão africana sobre a influência das grandes potências em África e seus impactos para a CPLP;

(ii) Analisar a evolução e lógica de atuação das grandes potências em África e suas implicações para os países africanos;

(iii) Analisar o impacto da influência das grandes potências em África nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e na CPLP; e

(iv) Identificar possíveis linhas de ação que potenciem a cooperação com as grandes potências em áreas de interesse para a CPLP.

As conclusões operacionais do seminário “apontam que África continua constituindo um espaço geopolítico de grande relevância geoestratégica para as grandes potências, especialmente no que tange aos recursos naturais, investimento direto estrangeiro (IDE) e votos em instituições multilaterais”, referiu o CAE/CPLP.

A “competição geopolítica das grandes potências em África contribui para a expansão e intensificação do IDE bem como para a diversificação de fontes de financiamento a projetos suscetíveis de promover o desenvolvimento económico dos países africanos. Adicionalmente, propicia, no caso dos BRICS, a cooperação em outras áreas de interesse estratégico para os países africanos vistas como não prioritárias para os parceiros ocidentais tradicionais, como é o caso do sector de infraestruturas”, realçou o CAE/CPLP, sublinhando que a “CPLP poderá capitalizar a influência das grandes potências em África atuando de forma conjunta, numa lógica cooperativa, em áreas de interesse estratégico comum, com Brasil e Portugal na vanguarda como interlocutores”.